 A largos meses (digo eu) da estreia deste filme por cá eu já lhe consegui pôr a vista em cima. E devo dizer que se vivesse nos Estados Unidos tinham que me devolver o dinheiro. (deduzo que estejam a par da iniciativa que a produtora do filme fez que consiste basicamente em devolver o dinheiro a quem não gostar do filme) Não é que o filme seja mau, longe disso, mas não me agradou particularmente. Esta é a (mais uma) história verídica de Jim Braddock, um pugilista famoso dos anos 30, no auge da era da depressão. Quando a esperança parecia perdida ele retoma a sua carreira tornando-se num ídolo de esperança para o povo americano. O tema do boxe no cinema começa a saturar e depois de uma memória ainda tão fresca de Million Dollar Baby convenhamos que tudo o resto parecem filmes de 2ª categoria. Cinderella Man atinge os seus objectivos. É um filme coeso, bem interpretado, mas falta-lhe algo. Para além do filme de Clint Eastwood vem-nos à ideia outros filmes do género como Ali, a saga Rocky, Raging Bull ou The Hurricane e apercebemo-nos que este traz pouco de novo. Russel Crowe não é dos meus actores preferidos, há algo nele que me irrita, mas, curiosamente, achei que este foi o melhor papel da sua carreira. Seguro, emotivo no seio familiar e cheio de garra em cima do ringue, entrega uma actuação plena. Mesmo os actores secundários brilharam. Paul Giamatti continua a provar ser dos melhores actores que por aí andam e Bruce McGill também dá uma interpretação com algum interesse ao seu personagem. Já Renée Zellweger, por outro lado, não se conteve. Uma actuação exagerada em alguns momentos e demasiado contida noutros, quanto a mim, a representação mais fraca do filme. Há alguns pontos altos, que realmente nos comovem, mas na sua maioria, como obra cinematográfica, não deslumbra. É no máximo uma homenagem perfeita ao homem que foi Jim Braddock e à importância que teve na época em que viveu. De resto já vimos a história da cinderela em mil e um filmes e as lutas de boxe ficam muito aquém do que já foi feito anteriormente. 
A minha classificação é de: 6/10
Etiquetas: Criticas |
vamos ver se crowe continua no seu bom ritmo de atuacoes!!